"A coragem de ser vulnerável"
BEATRIZ ALESSI: "Descubra a força dando a cara a tapa".
Foto: Thinkstock
Por BEATRIZ ALESSI
Quantas
vezes você tremeu nas bases diante de um convite ou proposta que
ameaçava abalar a estabilidade das "placas tectônicas" da sua vida?
Um
namorado estrangeiro
que te pediu em casamento e você não aceitou,
um
trabalho dos sonhos para o qual não se sentia preparada,
o cavalo que
passou selado e você não montou...
Quantas vezes você recuou para não
ter que encarar o desafio?
A pesquisadora americana Brené Brown,
especialista no estudo da vulnerabilidade, diz que na vida nós temos
duas opções:
dar a cara a tapa e aguentar as consequências
ou
nos
esconder atrás dos nossos medos,
nos condenando a uma existência sem
brilho
mas também sem sobressaltos.
Às vezes, não parece mais
fácil abraçar a mediocridade?
Parece.
Mas quanta ilusão!
Mais cedo ou
mais tarde,
a vida virá nos cobrar a fatura de nossas fraquezas.
Ela é
uma arena
na qual somos permanentemente atirados aos leões.
Resta saber
se
queremos estar nela,
lutando com altivez,
ou fora,
nas arquibancadas,
como meros espectadores.
No livro "A coragem de ser imperfeito",
a
doutora Brené Brown
defende que a vulnerabilidade não é sinônimo de
fraqueza.
Ao contrário, é a pedra fundamental da coragem.
Só deixando
cair a máscara é que o ator se revela por inteiro.
Só nos mostrando como
realmente somos é que podemos conquistar nosso espaço no mundo.
Ter
a coragem de ser vulnerável é libertador.
Me lembro de inúmeras
situações na vida
em que hesitei num primeiro momento,
segui adiante e
acabei colhendo os frutos do meu destemor.
Acertei, errei, provei o
gosto amargo do fracasso.
Mas, como diz a doutora Brown, só não falha
quem não dá a cara a tapa.
Portanto,
não deixe de agir
e de se
mostrar ao mundo por medo de uma eventual queda.
Parafraseando o
presidente americano Theodore Roosevelt (1858-1919), "se fracassar, ao
menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não
seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a
vitória nem a derrota".
Como boa mineira, costumo dizer que "dou
um boi pra não entrar e uma boiada pra não sair".
Pense nisso na hora do
seu próximo embate.
* Beatriz Alessi é
jornalista e cidadã do mundo, como a maioria dos mineiros. Contadora de
histórias, acha que a vida de toda mulher daria um grande filme - ou
pelo menos uma modesta crônica.
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fonte:
estilomsn